POLÍTICA

Constantino ataca Felca e diz que esquerda usa “pedofilia” para praticar censura

O economista e comentarista político Rodrigo Constantino – Reprodução

Em um comentário que circulou nas redes nesta segunda-feira (11), o bolsonarista Rodrigo Constantino atacou o influencer Felipe Bressanim Pereira, mais conhecido como Felca, e afirmou que a esquerda estaria usando “a pedofilia” como pretexto para censurar a direita. A provocação acontece após a repercussão do vídeo do influenciador, intitulado “Adultização”, no qual são denunciadas práticas de sexualização precoce de crianças e adolescentes por influenciadores digitais.

Constantino contesta a reação da esquerda ao vídeo: “O vídeo ‘Adultização’… chocante, quase uma hora. Deu muita repercussão na Direita… e logo depois apareceu na Esquerda também. Humberto Costa, Felipe Neto, blablablá. Aí pensei: ‘opa, será que a Direita caiu numa pegadinha?’”.

“Porque está muito claro que a esquerda vai usar esse discurso chocante de pedofilia para dizer que é preciso calar o discurso de ódio e fake news. Ou seja, por conta da pedofilia — que é uma agenda basicamente da Esquerda, e tenho provas de que a esquerda flerta com a pedofilia — a esquerda de repente está usando isso como pretexto para censura”, disse. “Todo cuidado é pouco, porque ninguém quer Terra de Ninguém quando o sujeito começa a promover crimes, que já são crimes”.

Publicado em 6 de agosto, o vídeo Adultização tem cerca de 50 minutos e viralizou rapidamente — com mais de 26 milhões de visualizações nos primeiros dias. Felca denuncia práticas de sexualização e exploração de menores por influenciadores digitais, com foco no caso de Hytalo Santos, do Piauí.

A jovem conhecida como “Kamylinha” teria começado a aparecer nos conteúdos de Hytalo aos 12 anos e continuado participando até os 17 — inclusive em vídeos com figurino sugestivo, danças provocativas e cenas de um “pós-operatório de implante de silicone”. O influenciador teria criado um formato similar ao reality De Férias com o Ex, com clima adulto envolvendo menores.

Felca classificou a situação como “circo macabro” e ressaltou que há um interesse financeiro por trás da exposição — inclusive citando lucros com publicidade e uso de jogos de apostas. Ele ainda mostra em vídeo como algoritmos das plataformas aceleram a exposição de conteúdo sexualizado, atingindo até pedófilos, que usam códigos e GIFs para trocar material restrito.

Em resposta a ataques e acusações falsas de pedofilia, Felca entrou com processos contra mais de 200 perfis por difamação — propondo que os acusados doem R$ 250 a instituições de proteção à infância e publiquem pedidos de desculpas; os recursos provenientes do vídeo também serão revertidos em doações

A repercussão do vídeo impulsionou uma reação institucional: sete projetos de lei foram protocolados na Câmara dos Deputados para tipificar, prevenir e criminalizar o fenômeno da adultização digital — medidas que envolvem desde definição legal até o bloqueio de contas e algoritmos nas plataformas. O presidente da Câmara, Hugo Motta, se comprometeu a pautar as propostas nesta semana.

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