
O economista-chefe do Citi Brasil, Leonardo Porto, acredita que o presidente Lula é o candidato mais bem posicionado para vencer as eleições de 2026, com base nas pesquisas de intenção de voto e nas projeções econômicas para o próximo ano.
Porto destacou que, embora a aprovação líquida de Lula esteja com uma margem negativa de cerca de 5 pontos percentuais, essa situação é mais favorável do que a enfrentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante o pleito de 2022, quando Bolsonaro perdeu por apenas dois pontos percentuais.
O economista também observou que, ao contrário do ciclo econômico de Bolsonaro, marcado pela alta da taxa Selic para combater a inflação pós-pandemia, o cenário atual tende a ser mais benigno para Lula.
Porto prevê que o Banco Central, com a inflação em queda, deverá começar a cortar os juros a partir de janeiro de 2024, o que deve impulsionar a economia de forma gradual. Esse cenário favorece a popularidade de Lula e aumenta suas chances de reeleição.
Outro fator que contribui para o cenário favorável a Lula é a dificuldade da direita em formar uma oposição unificada. A recente pré-candidatura de Flávio Bolsonaro enfraqueceu o nome de Tarcísio de Freitas, o que, segundo analistas, abre mais espaço para uma possível reeleição do petista.

Além disso, a política fiscal expansionista do governo Lula é vista como um fator positivo para o crescimento econômico, ao contrário das promessas fiscais mais rígidas de outros candidatos.
No que diz respeito à economia, Porto projetou que a trajetória da dívida pública do Brasil permanecerá estável, girando em torno de 80% a 90% do PIB entre 2027 e 2029. Essa previsão, no entanto, pode mudar dependendo das promessas de campanha dos candidatos.
O economista também afirmou que, caso o apetite por risco continue estável entre os investidores globais, a Bolsa brasileira deverá manter sua trajetória ascendente, com a expectativa de que o Ibovespa possa atingir entre 180 mil e 200 mil pontos.
A diversificação para mercados emergentes deve continuar, especialmente devido ao ciclo de corte de juros do Federal Reserve dos EUA, que pode impulsionar a atração de capital para a bolsa brasileira.



