
A Casa Branca apresentou nesta segunda (29) um plano de paz para encerrar a guerra em Gaza. O documento prevê cessar-fogo imediato, troca de prisioneiros e reféns, envio de ajuda humanitária em larga escala e a criação de uma nova governança local sob supervisão internacional.
O primeiro ponto do plano é a interrupção imediata das hostilidades. Israel libertaria cerca de 1.900 prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua, enquanto o Hamas devolveria todos os reféns israelenses em até 72 horas. A troca incluiria também os restos mortais de combatentes e civis.
Outro eixo central é a entrada de ajuda humanitária. O plano autoriza a chegada de alimentos, água, medicamentos, energia e equipamentos para reconstrução. Entidades como a ONU e o Crescente Vermelho ficariam responsáveis pela distribuição. O objetivo é reabrir estradas, restaurar hospitais e garantir serviços básicos à população.
Em relação à administração local, a proposta cria um comitê palestino tecnocrático e apolítico para gerir Gaza. Esse órgão seria supervisionado por um “Conselho da Paz” liderado pelo presidente Donald Trump. A ideia é preparar o terreno para o retorno da Autoridade Palestina após reformas internas.
O plano também prevê a destruição de toda a infraestrutura militar do Hamas, incluindo túneis e fábricas de armas, sob monitoramento internacional. Integrantes do grupo poderiam entregar suas armas e receber anistia. Aqueles que desejassem deixar o território teriam passagem segura para outros países.

Do ponto de vista da segurança, uma Força Internacional de Estabilização seria criada com apoio dos EUA e de países árabes. Essa tropa teria a missão de treinar a polícia palestina e assumir gradualmente o controle da segurança, enquanto Israel recuaria de forma progressiva, mantendo apenas um perímetro temporário.
O documento afirma que Israel não anexará a Faixa de Gaza. A retirada militar seria condicionada ao processo de desmilitarização e à consolidação da força internacional, que atuaria em coordenação com Egito e Jordânia.
“Aqueles que desejarem sair poderão fazê-lo livremente e terão direito de retorno. Encorajaremos as pessoas a permanecer e lhes ofereceremos a oportunidade de construir uma Gaza melhor”, diz o texto da proposta.
A Casa Branca disse que o plano será executado mesmo em caso de rejeição pelo Hamas. A proposta seria aplicada em áreas já livres do grupo, com a perspectiva de transferência definitiva do poder à Autoridade Palestina, abrindo caminho para a criação do Estado Palestino.
Veja as propostas de Trump:
- Ajuda humanitária e reconstrução: entrada imediata de alimentos, água, medicamentos, energia e equipamentos; reabertura de estradas, hospitais e serviços básicos; distribuição feita por entidades neutras, como ONU e Crescente Vermelho.
- Governança em Gaza: criação de um comitê palestino tecnocrático e apolítico; supervisão de um “Conselho da Paz” presidido por Donald Trump; preparação para o retorno da Autoridade Palestina após reformas.
- Desmilitarização e anistia ao Hamas: destruição de túneis, fábricas de armas e infraestrutura militar; membros do Hamas poderiam entregar armas e receber anistia; garantia de saída segura para quem optasse por deixar o território.
- Segurança internacional: formação de uma Força Internacional de Estabilização com apoio de países árabes; treinamento da polícia palestina por essa tropa; retirada gradual de Israel, mantendo apenas perímetro temporário.
- Futuro político e autodeterminação: Israel não anexaria a Faixa de Gaza; caminho aberto para a Autoridade Palestina reassumir o controle; objetivo final: consolidação do Estado Palestino e coexistência pacífica.