
Considerado uma âncora de estabilidade entre países emergentes, o Brasil é projetado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como o 5º país que mais vai crescer em 2025 entre os membros do G20.
A previsão é de um aumento de 2,4% no PIB nesta ano, segundo o relatório World Economic Outlook (WEO) divulgado nesta terça-feira (14).
O desempenho brasileiro supera as projeções anteriores e ocorre em meio a um cenário de desaceleração global, marcado pela guerra comercial e pelo tarifaço imposto pelo governo Donald Trump sobre produtos estrangeiros.
Com esse resultado, o Brasil deve crescer próximo da média global (3,2%) e na média regional (2,4%), consolidando-se como um dos principais pilares de estabilidade entre as economias emergentes, segundo o WEO.
O relatório também destaca que, “apesar de políticas monetárias e fiscais rigorosas”, o país segue apresentando “sinais de força interna e boa adaptação às condições externas”. Em outras palavras, mesmo com juros elevados e tensões comerciais impostas pelos EUA, o Brasil manteve uma trajetória de crescimento consistente e sustentada por fundamentos sólidos.
América Latina estável, mas Brasil se destaca
A América Latina e o Caribe devem crescer 2,4% em 2025, segundo o mesmo relatório, “um número estável apesar das ameaças tarifárias americanas”. O destaque, porém, ficou com a Argentina — esta última deve registrar alta de 4,5%, após retração catastrófica em 2024. Já países como Chile, Colômbia e Uruguai devem crescer em torno de 2,5%.
De acordo com o FMI, o impacto das políticas protecionistas dos EUA ainda é “modesto”, mas requer atenção, especialmente pelos efeitos sobre países exportadores de commodities. Ainda assim, o Brasil aparece como um exemplo de resiliência econômica em meio à incerteza global, sustentado por fundamentos macroeconômicos fortalecidos e com espaço para avançar em políticas de transição ecológica e social.