
Os atos bolsonaristas realizados neste domingo (3) em ao menos 15 capitais confirmaram o que se tornava cada vez mais evidente: Jair Bolsonaro perdeu a força nas ruas e o apoio de setores que antes o sustentavam.
Sem o ex-presidente, obrigado a permanecer em casa com tornozeleira eletrônica, e sem seus filhos ou aliados de peso, as manifestações foram esvaziadas e simbolizaram a marcha fúnebre de um líder em desintegração política.
Convocados após as medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes e pelo tarifaço de Donald Trump, os protestos tinham como objetivo “marcar posição” contra o Supremo Tribunal Federal e o governo Lula.
Mas o que se viu foi um retrato da fadiga do bolsonarismo: praças vazias e pouca presença popular. Apenas os velhos brancos de sempre. Na Avenida Paulista, a expectativa de multidão virou decepção. Sem telão, sem fala de Bolsonaro, restaram bonecos infláveis de Lula e Moraes e discursos ressentidos, como o do pastor Silas Malafaia – todo o público presente não chegou a ocupar mais que três quarteirões.
O maior derrotado do dia, no entanto, foi Eduardo Bolsonaro. Traidor da pátria em meio às articulações por sanções contra o Brasil nos EUA, o deputado se tornou o rosto de um protesto fracassado, onde nem mesmo os aliados quiseram aparecer.
Além do esvaziamento popular, chamou atenção a ausência quase total de figuras políticas de peso. Nenhum governador compareceu aos atos, e até mesmo parlamentares bolsonaristas mais ativos evitaram exposição. A mobilização ficou restrita a figuras como Malafaia, que ensaiaram discursos inflamados sem eco nas ruas. A falta de presença institucional realça o isolamento crescente do grupo, que não conseguiu atrair nem prefeitos de grandes cidades nem lideranças estaduais dispostas a vincular suas imagens a um movimento em franca decadência.
Nos bastidores, o Republicanos já fala abertamente em afastamento. Prefeitos e lideranças do interior paulista relataram dificuldades para encher ônibus e admitiram que a adesão caiu para um terço do que foi em fevereiro de 2024. A estratégia de cooptar evangélicos nas igrejas ainda funcionou em parte das cidades, mas o esvaziamento geral indica que o bolsonarismo perdeu seu fôlego.
É a coroação de sua louca cavalgada nos EUA: encenar o velório político do próprio pai, cada vez mais perto da cadeia.
Amém- Jaraguá do Sul-SC pic.twitter.com/iTC90HbBQO
— 🇧🇷Zelia Fabro22🇧🇷 (@zfabrogmailcom) August 3, 2025
A TORNOCIATA, manifestação espirItual do gado em ode à tornozeleira de Jair Bolsonaro FLOPOU NACIONAL e em bem FLOPADA
Avenida Paulista, Belém, Recife e Salvador
(Do resto não tenho, com certeza, foi pior que isso)
A maior é a da Paulista 400 cabeças de gado! pic.twitter.com/Ba5XKUqFUU— ZuRock Proxy (@ZurockProxy) August 3, 2025
REAJA BRASIL
Apoio à Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli.🗓️ 03/08/2025 – Domingo
Estaremos na Paulista em São Paulo.
⏰ A partir das 14hREAJA BRASIL
BRASIL ACIMA DO STF
ESTAMOS COM BOLSONARO
BRASIL NA RUA@BolsonaroSP @ZambelliRita_ pic.twitter.com/ouu5mrMXBa— Renata Kobra 🐍 (@kobrarenatatte) August 3, 2025
https://twitter.com/Metropoles/status/1952042008047927743