
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ministros do STF em um jantar informal no Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (31), após o governo dos Estados Unidos aplicar sanções contra Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky. Estiveram presentes os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A reunião foi articulada na noite anterior, quando Lula se encontrou fora da agenda com Barroso para tratar da crise diplomática com o governo Trump.Todos os ministros do STF foram convidados. Kassio Nunes Marques e André Mendonça não compareceram. Moraes ainda é aguardado no evento, e Flávio Dino segue em retorno do Maranhão para a reabertura dos trabalhos do STF.
A medida americana determina o congelamento de ativos e a restrição de transações financeiras internacionais em nome de Moraes. O Tesouro dos EUA o acusa de liderar uma suposta campanha de censura e detenções arbitrárias. Lula reagiu com dureza, classificando a sanção como “inaceitável interferência” nos assuntos internos da Justiça brasileira.
O @STF_oficial se manifesta sobre as sanções dos EUA e reafirma seu compromisso com a Constituição e a democracia ⏩️#PraTodosVerem: contém descrição da imagem pic.twitter.com/3WXUG8d0lB
— STF (@STF_oficial) July 30, 2025
Em nota pública, o Supremo Tribunal Federal declarou que continuará exercendo seu papel de forma independente e destacou que as decisões atribuídas a Moraes foram referendadas por outros ministros. A declaração reforça o posicionamento institucional frente às pressões externas.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, também se manifestou, afirmando que o Brasil não deve se curvar diante de atos que considera arbitrários e injustificáveis. Ele afirmou que o governo tomará medidas adequadas, embora ainda não tenha detalhado quais serão.
Com o gesto político, Lula busca fortalecer a imagem de unidade institucional em torno do STF e preservar a soberania nacional diante da ingerência estrangeira. A crise se soma ao aumento das tensões diplomáticas entre os governos brasileiro e norte-americano após a retomada de sanções unilaterais promovidas por Donald Trump.