
O coronel Antonio Aginaldo de Oliveira, marido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), foi incluído no Inquérito das Fake News (4781), que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com informações do portal LeoDias, o militar teve contas bancárias bloqueadas dias após a prisão preventiva da esposa, ocorrida em 1º de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
O inquérito, instaurado em 2019, investiga a disseminação de notícias falsas, ameaças a autoridades e ataques às instituições democráticas.
O STF apura a existência de uma organização criminosa com atuação digital voltada ao descrédito de integrantes do Judiciário e à violação de sigilo funcional.
Aginaldo disse que seu advogado já está tratando do caso. “Isso não tem fundamento nenhum, basta investigar ou procurar em qualquer rede social minha ou de qualquer outra pessoa, ou meios de comunicação, alguma publicação que se relacione a fake news”, afirmou.
“Minhas contas foram bloqueadas, sim, numa decisão arbitrária, mas não me causa nenhuma preocupação, pois tenho certeza de que isso não tem nenhum fundamento, é um desgaste. Eu sequer fui intimado pela Justiça sobre essa informação de que meu nome está nesse inquérito. A única certeza que tenho é que minhas contas estão bloqueadas. É só o que tenho a falar sobre esse assunto.”

O militar informou que estava na Itália, onde Zambelli foi presa nesta semana, mas precisou sair para realizar exames médicos e está retornando ao país. Aginaldo confirmou que não está no Brasil.
Carla Zambelli é suspeita de envolvimento em um esquema de espionagem ilegal com uso de hackers para monitorar autoridades públicas. A operação da Polícia Federal também cumpriu outros mandados de prisão relacionados ao caso.
A defesa da parlamentar informou que recorrerá da decisão. O nome do coronel foi incluído nas investigações diante de indícios de participação no mesmo grupo.