POLÍTICA

AO VIVO – Lula questiona crescimento da extrema direita: “Quando a esquerda errou?”

O presidente Lula durante a reunião “Democracia Sempre”, em Nova York (EUA), nesta quarta (24). Foto: Reprodução

O presidente Lula participa nesta quarta (24) da segunda edição da reunião internacional “Democracia Sempre”, realizada em Nova York, paralelamente à Assembleia-Geral da ONU. O encontro reuniu os presidentes do Chile, Gabriel Boric, da Colômbia, Gustavo Petro, da Espanha, Pedro Sánchez, e do Uruguai, Yamandú Orsi, para discutir estratégias de combate ao extremismo.

“O que me inquieta hoje é saber o seguinte: o que me importa hoje é a gente responder para nós mesmos aonde é que os democratas erraram, aonde é o momento em que a esquerda errou? Por que permitimos que a extrema-direita crescesse? É virtude deles ou incompetência nossa?”, disse o presidente no início de seu discurso.

O evento foi criado em 2024 por iniciativa conjunta do Brasil e da Espanha, com apoio de outros países, e nesta edição contou com a presença de enviados de cerca de 30 nações. Diferentemente do ano passado, os Estados Unidos não foram convidados, em razão da avaliação de que as sanções aplicadas pelo governo Donald Trump ao Brasil são incompatíveis com o espírito de cooperação defendido pelo grupo.

Durante sua fala, Lula destacou que “a democracia é o que está em jogo para humanidade”. O presidente disse que não iria seguir o texto preparado e pediu ao colega chileno Gabriel Boric, que mediava o debate, que o interrompesse caso ultrapassasse o tempo de quatro minutos concedido a cada chefe de Estado.

Uma das pautas centrais do encontro é a defesa do multilateralismo, com ênfase no fortalecimento de organismos internacionais como a ONU e o Conselho de Segurança.

Segundo o Itamaraty, o objetivo é criar uma frente comum para enfrentar a desinformação, reduzir a influência de práticas extremistas e consolidar uma rede de cooperação entre os países participantes.

Na edição de 2024, os Estados Unidos haviam enviado representantes do governo Joe Biden. Agora, sem a presença americana, o evento simboliza a tentativa dos países organizadores de estabelecer uma articulação independente e crítica às “ações unilaterais” de grandes potências, em especial a atual gestão republicana.

Acompanhe ao vivo:

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo