
O presidente nacional do PRTB, Amauri Pinho, negou que o partido tenha convidado o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para se filiar e disputar a Presidência em 2026. Ele afirmou que a informação não procede e atribuiu a declaração ao ex-dirigente Leonardo Avalanche, que foi afastado e expulso da legenda.
“Não procede a notícia de que houve conversa com o deputado Eduardo Bolsonaro, sobre sua filiação”, disse o atual dirigente do partido. Ele assumiu o comando no fim de agosto, após atuar como vice-presidente, e tem tentado controlar as crises internas.
A ideia é tentar reposicionar o partido e criar uma imagem de sigla de centro após a candidatura frustrada de Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo em 2024. Avalanche foi o principal responsável pela campanha do ex-coach.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ex-presidente do PRTB disse que vai realizar pesquisas para testar possíveis candidatos e incluirá o filho do ex-presidente. Ele foi retirado da legenda em 4 de setembro após ser acusado de simular a expulsão de membros da antiga executiva nacional.

Segundo Pinho, Avalanche não tem autoridade para falar em nome do partido. “Ele não possui qualquer poder para propor filiações ou candidaturas. Essas informações não refletem a posição da atual executiva do PRTB”, argumentou.
Eduardo criou uma crise interna no PL por conta da aliança de Valdemar Costa Neto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O filho do ex-presidente ameaçou deixar a sigla por acreditar que existia uma tentativa de enfraquecer Bolsonaro.
Lideranças do Centrão e do próprio PL têm descartado uma eventual candidatura do deputado à Presidência. Nos bastidores, Tarcísio é visto como o nome mais forte da extrema-direita para a disputa do Palácio do Planalto em 2026.