POLÍTICA

Tarcísio volta a Brasília em nova tentativa de avançar anistia a Bolsonaro

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), retorna a Brasília nesta segunda-feira (15) para intensificar as articulações em favor de uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos condenados pela trama golpista. A proposta enfrenta resistência no Congresso e no governo, mas é tratada como prioridade pela oposição, conforme informações do blog da Julia Duailibi, do G1.

Na semana passada, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que aguardava a presença de Tarcísio na capital para destravar as negociações. Antes, o governador havia se reunido em Brasília com o senador Ciro Nogueira (PP) e o presidente da Câmara, Hugo Motta.

De volta a São Paulo, encontrou-se no Palácio dos Bandeirantes com o pastor Silas Malafaia, Sóstenes Cavalcante e Marcos Pereira, presidente do Republicanos.

As articulações também envolvem o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que no sábado se reuniu com Gilberto Kassab (PSD). Em agosto, em entrevista à GloboNews, Kassab defendeu discutir a anistia, mas rejeitou que fosse “ampla, geral e irrestrita”, como pede parte da oposição. Nos próximos dias, Valdemar também deve se reunir com Marcos Pereira.

O movimento ganha força após a condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por cinco crimes: organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio. Outros sete acusados também foram condenados.

Tarcísio aposta no apoio de partidos como PL, PP, União Progressista e Podemos para viabilizar a proposta. Em entrevista ao Diário do Grande ABC, ele declarou que a anistia é um “remédio político que garante pacificação” e prometeu trabalhar para sua aprovação no Congresso.

O governador também afirmou que, se eleito presidente em 2026, seu primeiro ato seria conceder indulto a Bolsonaro.

No ato de 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, Tarcísio elevou o tom contra o STF, chamando o ministro Alexandre de Moraes de “tirano”. Defendeu uma anistia ampla aos condenados pela trama golpista e afirmou que seria “fundamental” ter Bolsonaro na disputa presidencial de 2026.

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