
A versão mais ampla da anistia, que circula em minuta em Brasília, prevê que todos os investigados ou processados como golpistas seriam poupados. Muitos são figuras manjadas.
Poucos lembram que a origem de tudo o que aconteceu até aqui é o famoso inquérito das fake news, de março de 2019, que teve a primeira operação de buscas e apreensões em maio de 2020.
A Polícia Federal cumpriu 29 mandados, menos de um ano e meio depois do início do governo Bolsonaro. Foi quando ficamos sabendo dos nomes dos investigados.
Eles seriam os primeiros a serem anistiados, de acordo com essa minuta. Eis alguns deles que sofreram buscas e apreensões lá em 2020:
Luciano Hang (véio da Havan), Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB na época, Edson Pires Salomão e Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessores do deputado estadual paulista Douglas Garcia (PSL), empresários Edgard Corona, dono da rede de academias Smart Fit, e Otávio Oscar Fakhoury.
Outros nomes dessa primeira turma, alguns já forma do catálogo da extrema direita: Sara Winter, Allan dos Santos, humorista Rey Biannchi, Marcos Dominguez Bellizia (do site Nas Ruas), youtuber Bernardo Kuster, Marcelo Stachin (que ninguém sabe direito hoje quem é) e capitão da reserva da Marinha Winston Rodrigues Lima, mais conhecido como Comandante Winston.

Oito parlamentares estão naquele primeiro lote: deputados federais Daniel Lúcio da Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Junio do Amaral (PSL-MG), Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP).
Os mais célebres entre os nomes surgidos nessa primeiras batidas da PF são o véio da Havan, Bia Kicis, Carla Zambelli, Allan dos Santos e Roberto Jefferson, esse já fora do ar.
O interessante é que os mais ativos, que continuaram militando, já foram alcançados por alguma decisão do sistema de Justiça, por outros motivos, como Carla Zambelli, Allan dos Santos e Roberto Jefferson. Mesmo que estejam foragidos.
Mas gente de peso, que deixou o ativismo de extrema direita, pelo menos publicamente, como o véio da Havan continua aí, ainda impune e agora à espera da anistia.