O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que vai acompanhar o julgamento do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, na Casa Branca. A análise do processo da trama golpista contra o “núcleo 1” começa na próxima terça (2) no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nós estaremos em Washington, nós fomos convidados por autoridades do governo americano. Eu não posso detalhar tanto assim, até por uma questão de ética”, disse Eduardo em entrevista ao Metrópoles. Ele não revelou quem teria feito o convite e alegou não querer “expor fontes”.
“Estaremos em Washington pelo menos quarta e quinta-feira e vai ser o momento em que vai estar ocorrendo também o julgamento do presidente Jair Bolsonaro, bem como de outras pessoas do seu governo”, prosseguiu.
Questionado se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acompanharia o julgamento, ele disse que “não tem como assegurar isso”.
“Só de ele ter dado atenção ao Brasil e recorrentemente falado em nome do Jair Bolsonaro e também da perseguição aos seus familiares e apoiadores, eu já fico muito feliz, muito satisfeito. Isso não é algo pormenor: você conseguir atrair a atenção do presidente dos Estados Unidos é algo muito complicado”, acrescentou.
Eduardo afirmou que o presidente americano será “cientificado do resultado” assim que o julgamento for finalizado.
Dudu dizendo que vai assistir Xandão em Washington. Imagina, Dudu Bolsonaro fazendo tradução simultânea do julgamento do pai para o Trump na Casa Branca? Cheirinho de cascata no ar, deve ter sido chamado pra ver com o estagiário da Casa Branca ou nem isso. pic.twitter.com/cs2esc7ZAT
— GugaNoblat (@GugaNoblat) August 29, 2025
O ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo, que tem participado da articulação golpista nos Estados Unidos junto de Eduardo, anunciou nesta quinta (28) que eles viajarão a Washington na próxima semana.
Apesar do suposto convite recebido pelo deputado, vale lembrar que ele e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram barrados e não acompanharam da posse de Trump em janeiro deste ano. Na ocasião, ele alegou que apenas parlamentares, a família do presidente, alguns ministros, CEOs de empresas e chefes de Estado mais próximos participaram do evento.
