O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que 501 jornalistas de veículos nacionais e internacionais estarão credenciados para acompanhar o julgamento da trama golpista, que começa na próxima terça-feira (2), conforme informações do G1.
O caso coloca no banco dos réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete de seus ex-auxiliares, acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de integrarem uma organização criminosa para tentar manter Bolsonaro no poder e impedir a posse do presidente Lula (PT).
Além da imprensa, o STF recebeu 3.357 inscrições de pessoas do público para acompanhar as sessões, que acontecerão nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. Destas, 150 serão acomodadas no plenário da Segunda Turma, enquanto os jornalistas terão acesso à sala da Primeira Turma, onde haverá 80 assentos disponíveis por ordem de chegada.
O julgamento será conduzido pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin (presidente da Primeira Turma), Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.
Reforço na segurança em Brasília
O STF confirmou que haverá reforço na segurança durante todo o período do julgamento. A medida também considera o 7 de setembro, feriado da Independência, que neste ano cai em um domingo e é visto como um momento de atenção pelas autoridades.
Por questões estratégicas, o tribunal e a polícia não informaram o número de agentes envolvidos. Na segunda-feira (1º), a Praça dos Três Poderes será fechada pela Polícia Militar do Distrito Federal. Já na terça-feira (2), primeiro dia do julgamento, haverá presença de tropas de choque da PM, Bope, Comando de Operações Táticas e cães farejadores.
O esquema contará ainda com policiais judiciais de Brasília e de outros estados. Todos os acessos ao prédio do STF passarão por inspeção com detector de metais, e o tribunal manterá contato direto com a Secretaria de Segurança do DF.
Repercussão internacional
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, por tentar coagir ministros e instituições ligadas ao processo. Ainda não está definido se o ex-presidente comparecerá pessoalmente ao julgamento.
O caso também repercute fora do Brasil. Na última quinta-feira (28), a revista britânica The Economist estampou em sua capa Bolsonaro vestido como um dos invasores do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, nos Estados Unidos, para impedir a posse de Joe Biden, que sucedeu Donald Trump no poder.
A reportagem afirma que, ao julgar a tentativa de golpe, o Brasil está “dando uma lição aos EUA” na defesa da democracia.
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