POLÍTICA

Prisão de Bolsonaro após ação dos filhos abala planos do clã para 2026; entenda

Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro. Foto: Reprodução

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), motivada por ações de seus próprios filhos, acendeu o alerta entre lideranças da centro-direita e ameaça tirar o clã Bolsonaro da disputa pelo Palácio do Planalto em 2026, conforme informações do Estadão. Para integrantes do meio político, o episódio escancarou a imprevisibilidade da família e reforçou o desgaste em torno de seus principais nomes. Com informações do Estadão.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado, já vinha sendo considerado “tóxico” por sua articulação com o governo Trump nos Estados Unidos — movimento que levou às primeiras medidas cautelares contra o ex-presidente.

Agora, o foco se volta para Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que teve o nome citado 17 vezes na decisão de Alexandre de Moraes. Um dos motivos que embasaram a decisão do magistrado foi a publicação de um vídeo com discurso de Jair Bolsonaro nas redes sociais de Flávio, posteriormente apagado após recomendação de advogados.

Flávio Bolsonaro fez publicação em nome do pai, mas apagou por precaução com cautelares
Flávio Bolsonaro fez publicação em nome do pai, mas apagou por precaução diante das cautelares. Imagem: Reprodução/Instagram

Na decisão, Moraes apontou uma “ação coordenada” de três filhos do ex-presidente — Eduardo, Flávio e o vereador Carlos Bolsonaro — no descumprimento das medidas judiciais. O entendimento é de que a movimentação do grupo contribuiu diretamente para o agravamento da situação de Bolsonaro perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

Nos bastidores, líderes políticos lembram que o comportamento da família já era motivo de críticas desde a passagem de Bolsonaro pelo Planalto. As atitudes intempestivas dos filhos geravam desconforto, e a promessa de moderação, que chegou a ser feita em alguns momentos, nunca se concretizou.

Bolsonaro já cumpria medidas como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de contato com Eduardo Bolsonaro, diplomatas e uso de redes sociais, direta ou indiretamente. Com a nova ordem de Moraes, o ex-presidente está em prisão domiciliar integral, proibido de usar celular e de receber visitas sem autorização judicial.

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