
O ex-ministro José Dirceu afirmou neste sábado (3) que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve crescer nos próximos meses, impulsionada pelo desempenho da economia.
“A tendência é de o governo, o PT e o presidente Lula melhorarem na pesquisa pela questão do País: a economia está crescendo, a inflação vai cair, o real vai se valorizar um pouco, o dólar vai se desvalorizar, o País está criando emprego, o governo voltou para uma agenda que tem mais base, que diz respeito à justiça tributária, ao combate à desigualdade”, declarou ao Estadão.
Presente no 17º Encontro Nacional do PT, em Brasília, Dirceu avaliou que ainda é cedo para interpretar pesquisas eleitorais como sinal definitivo para 2026, mas disse que o cenário é positivo para Lula.
“Estamos muito bem colocados para 2026. Lula está no governo, tem um partido estruturado nacionalmente e conta com o apoio de uma frente de centro-esquerda que ainda pode crescer”, afirmou. “É uma disputa indefinida, não se pode dizer que ninguém ganhou, mas estamos bem posicionados”, concluiu.

Para o ex-ministro, Lula continua sendo o favorito na disputa presidencial. Ele destacou que, além da máquina pública, o presidente deve ampliar alianças até a eleição. Segundo ele, “não é impossível que o MDB o apoie, e ele terá apoio, por exemplo, no PSD, pelo menos em cinco ou seis Estados”.
Dirceu também comentou o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros, e disse que a medida tem relação com a situação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje réu por tentativa de golpe.
“Nós estamos enfrentando o império americano, nós estamos enfrentando um ataque ao Supremo e à nossa democracia, que visa a dar anistia e inocentar os golpistas”, declarou.
Ele afirmou ainda que o governo precisa “se concentrar para resolver essa crise que o presidente dos EUA criou” e que é papel do Planalto defender a soberania e a economia do País.