POLÍTICA

Engajamento nas redes cresce após medidas contra Bolsonaro e favorece Lula e STF

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impor novas medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) impulsionou o engajamento nas redes sociais, principalmente na plataforma X (antigo Twitter), com destaque para postagens críticas ao ex-mandatário e de apoio à Corte e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, realizado entre 9h de segunda-feira (21) e 9h de terça-feira (22), termos associados à esquerda dominaram os trending topics da rede de Elon Musk. A expressão “Chuva de Lula” liderou o ranking com 1 milhão de menções, seguida por “Democracia Sempre” (5º lugar, com 411 mil citações) e “Eduardo Bolsonaro cassado” (9º lugar, com 110 mil menções). Outros termos progressistas, como “Bolsonaro preso amanhã” e “Vai Xandão”, também ganharam destaque, embora fora do top 10.

Do lado conservador, apenas a expressão “Reaja Brasil” figurou entre os tópicos mais comentados, com cerca de 2 milhões de menções. Ainda assim, o X utiliza critérios além do volume bruto — como atualidade, curtidas, comentários e compartilhamentos — para determinar a relevância de cada tema nos trending topics.

Defesa de Bolsonaro responde STF

Na tarde de terça-feira (22), a defesa de Jair Bolsonaro protocolou manifestação no STF em resposta à determinação do ministro Alexandre de Moraes, que solicitou explicações sobre o suposto descumprimento da medida cautelar que proíbe o ex-presidente de utilizar redes sociais, direta ou indiretamente.

Os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno negaram qualquer violação. Segundo eles, Bolsonaro não acessou nem publicou conteúdos em suas contas e tampouco solicitou a terceiros que o fizessem. A defesa argumentou ainda que o ex-presidente suspendeu completamente o uso das redes sociais e orientou seus aliados a fazerem o mesmo.

Eles apresentaram um embargo de declaração, pedindo que a Corte esclareça os limites exatos da proibição. Para os advogados, a decisão não impede Bolsonaro de conceder entrevistas, mesmo que os conteúdos acabem sendo compartilhados posteriormente nas plataformas digitais.

“Jamais se cogitou que o ex-presidente estivesse proibido de dar entrevistas, ainda que possam ser replicadas nas redes”, afirmaram. Em relação à visita de Bolsonaro à Câmara dos Deputados, os advogados sustentam que a cobertura foi feita por jornalistas e que o ex-presidente não teve controle sobre a divulgação do conteúdo. “A fim de evitar qualquer mal-entendido, requeremos que a decisão seja esclarecida quanto ao alcance da proibição”, conclui a manifestação.

Com Revista Forum

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