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Breno Altman: “Israel deu vida ao nazijudaísmo”,

Um novo episódio de violência na Faixa de Gaza voltou a gerar forte repercussão internacional neste sábado (20), após a morte de ao menos 73 palestinos nas proximidades de centros de distribuição de alimentos. O ataque, atribuído às Forças de Defesa de Israel (IDF), ocorreu em meio ao agravamento da crise humanitária no enclave palestino.

O Ministério da Saúde de Gaza confirmou que a maioria das vítimas estava localizada na região norte do território, onde pelo menos 67 civis foram mortos. Segundo a Defesa Civil local, o bloqueio imposto por Israel tem dificultado severamente o acesso da população a itens básicos como comida e água potável.

De acordo com o jornal israelense Haaretz, o Exército de Israel reconheceu a morte de civis durante a operação, mas alegou que os disparos visavam “remover uma ameaça imediata às forças militares”.

A ofensiva gerou novas críticas ao governo israelense, acusado por diversas entidades internacionais de direitos humanos de promover ações que configuram crimes de guerra e crimes contra a humanidade. A destruição de hospitais, a escassez de alimentos e a morte de crianças por inanição são algumas das denúncias recorrentes feitas por organizações que atuam na região.

O jornalista Breno Altman, editor do portal Opera Mundi, se manifestou sobre o episódio em sua conta na rede social X (antigo Twitter). Altman, conhecido por sua posição crítica em relação às políticas israelenses na Palestina, associou o regime sionista ao nazismo. “Os fatos vão demonstrando que a comparação entre sionismo e nazismo é pertinente. Suas práticas são semelhantes às do regime hitlerista: submeter os palestinos à fome, atraí-los com ajuda humanitária para metralhá-los, matar crianças de inanição. Israel deu vida ao nazijudaísmo”, escreveu.

A declaração provocou reações nas redes sociais. Altman é um dos críticos mais vocais da política israelense e frequentemente denuncia o que chama de cumplicidade das potências ocidentais com o “apartheid e a limpeza étnica contra o povo palestino”.

O episódio intensifica o isolamento diplomático de Israel em vários fóruns internacionais. Nos últimos meses, diversas resoluções da ONU exigindo cessar-fogo e acesso humanitário têm sido ignoradas pelo governo israelense, que continua a ampliar suas operações em áreas civis densamente povoadas.

Especialistas em direito internacional alertam que o assassinato deliberado de civis em situação de extrema vulnerabilidade, como crianças e famílias em busca de alimento, pode ser enquadrado como crime de guerra e crime contra a humanidade, conforme o Estatuto de Roma.

Enquanto isso, a população palestina enfrenta um cenário de colapso total. Hospitais foram bombardeados, comboios de ajuda humanitária são alvejados e cresce o número de mortes por fome e doenças. Organizações como a ONU, a Cruz Vermelha e Médicos Sem Fronteiras reiteram que a crise em Gaza já atingiu proporções catastróficas.

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