
O perfil oficial da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou nesta segunda-feira (14) a nota do subsecretário de Diplomacia Pública americano, Darren Beattie, com duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao governo Lula.
Beattie associou a carta do presidente Donald Trump, que impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, aos “ataques” de Moraes e Lula contra Jair Bolsonaro (PL), a liberdade de expressão e o comércio dos EUA.
“O presidente Trump enviou uma carta impondo consequências há muito esperadas à Suprema Corte de Moraes e ao governo Lula por seus ataques a Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio americano. Tais ataques são uma vergonha e estão muito abaixo da dignidade das tradições democráticas do Brasil. As declarações do presidente Trump são claras. Estaremos observando atentamente”, publicou Beattie, em texto reproduzido pela embaixada no X.
.@POTUS Trump enviou uma carta impondo consequências há muito esperadas ao Supremo Tribunal de Moraes e ao governo Lula, em resposta aos ataques a Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio dos EUA. Esses ataques são vergonhosos e desrespeitam as tradições… https://t.co/HmXxdSiItS
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) July 15, 2025
O perfil do escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA também compartilhou a mensagem.
Na carta endereçada ao presidente Lula, Trump justificou a sobretaxa como resposta aos “ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”. O republicano acusou o STF brasileiro de emitir “centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA”, ameaçando as empresas com multas milionárias e expulsão do mercado brasileiro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi citado pelo republicano, que reforçou os acenos feitos após a cúpula do Brics no Rio de Janeiro. “Por favor, entenda que os 50% são muito menos do que seria necessário para termos igualdade de condições em nosso comércio com seu país. E é necessário ter isso para corrigir as graves injustiças do sistema atual“, concluiu o chefe do governo norte-americano na carta.