Em duas entrevistas divulgadas recentemente, a líder da extrema direita venezuelana María Corina Machado defendeu as ameaças dos Estados Unidos contra os seu próprio país e também as ações militares norte-americanas no Mar do Caribe, que já mataram 27 pessoas.
A mais recente foi publicada nesta sexta-feira (17/10) e traz a vencedora do Nobel da Paz de 2025, defendendo as operações militares estadunidenses nas proximidades da costa da Venezuela, e reforçando a narrativa de Washington, pela qual todas as vítimas dos ataques realizados nas últimas semanas seriam supostamente narcotraficantes.
No entanto, ao ser perguntada especificamente sobre as 27 vítimas dos ataques norte-americanos, Corina evadiu a questão e disse que “Quem declarou guerra aos venezuelanos e aos países deste hemisfério foi Nicolás Maduro”.
“Desde o primeiro dia, depois da vitória de 28 de julho [de 2024, dia da última eleição presidencial na Venezuela], oferecemos a Maduro sentar-se para negociar os termos de uma transição ordenada, com garantias. Ele se negou”, alega a líder de extrema direita.
Vale destacar que outros países da região, como Trinidad e Tobago, Nicarágua, Cuba e Colômbia, afirmam ter provas sobre alguns dos ataques realizados e afirmam que se tratariam de pescadores.
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Privatizar o setor do petróleo
Na quarta-feira (15/10), Corina esteve em outra entrevista, para o podcast apresentado por Donald Trump Jr, filho do presidente dos Estados Unidos.
Nessa conversa, Maria Corina afirma abertamente que, caso ela ou seu setor político chegue ao poder na Venezuela, o setor de petróleo do país será “totalmente privatizado” e que isso seria “uma brilhante oportunidade para as empresas dos Estados Unidos”.
“Esqueçam os sauditas, nós temos mais petróleo, nós (Venezuela) temos potencial infinito, e vamos abrir o mercado, tirar o governo do setor do petróleo”, disse a líder da oposição venezuelana.
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A ganhadora do Nobel da Paz também enfatizou que “a Venezuela tem grandes recursos: petróleo, gás, minerais, terras raras, tecnologia, e, como eu disse, nós temos uma localização estratégica, você sabe, a algumas horas dos Estados Unidos”.
“Então, vamos fazer isso dar certo, sabemos o que temos que fazer, e as empresas norte-americanas estão em uma posição super estratégica para investir”, completou.
Com informações da Folha de São Paulo.
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