POLÍTICA

Ministério da Justiça adota classificação indicativa a partir de 6 anos para aplicativos

Criança usando celular. Foto: ilustração

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, assinou nesta quarta-feira (15) uma portaria que cria a nova faixa etária indicativa de 6 anos para produtos audiovisuais e aplicativos de celular. A medida passa a incluir todos os tipos de aplicativos nas regras de classificação, que antes se restringiam a filmes, séries e jogos eletrônicos.

A faixa de 6 anos será posicionada entre as categorias “livre” e 10 anos. De acordo com o Ministério da Justiça, essa classificação indica que o conteúdo não é recomendado para crianças menores dessa idade. A nova norma deve valer para aplicativos de comunicação, jogos, plataformas de interação e produtos digitais com potencial de exposição a riscos.

Lewandowski afirmou que o objetivo é garantir um ambiente digital mais seguro para crianças e adolescentes, considerando o aumento da violência simbólica e dos riscos de exposição no ambiente virtual. “Queremos criar mecanismos que tornem o espaço digital mais respeitoso e seguro para as crianças brasileiras”, disse o ministro durante o anúncio.

A classificação será exibida ao usuário no momento do download nas lojas virtuais, como Google Play e App Store. Segundo o governo, a medida busca alertar pais e responsáveis sobre possíveis interações de menores com adultos desconhecidos ou com ferramentas de inteligência artificial.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Foto: José Cruz/Agência Brasil

A portaria surge em meio a debates sobre “adultização” infantil, termo usado para descrever a exposição precoce de crianças a comportamentos e conteúdos adultos. O tema ganhou destaque após um vídeo do influenciador Felca denunciar exploração infantil em plataformas digitais, o que levou à aprovação do Estatuto Digital da Criança e do Adolescente.

O projeto, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro de 2025, prevê a vinculação de contas de menores a um responsável, a retirada imediata de conteúdos abusivos e multas de até R$ 50 milhões. Também impõe a verificação de idade por métodos confiáveis e sanções para plataformas que descumprirem as regras.

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