POLÍTICA

O irmão de Lula e o irmão de Bolsonaro. Por Moisés Mendes

Frei Chico, irmão mais velho de Lula (PT). Foto: Reprodução

Esta foi, durante boa parte da segunda-feira, a manchete do Estadão, que teve versões semelhantes em outros jornalões:

“PF suspeita que sindicato de irmão de Lula desviou aposentadorias do INSS para empresas de fachada”

O Estadão informava: o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão de Lula.

Mas o sindicato não é do irmão de Lula. O irmão de Lula não é dono de um sindicato. Ele é vice-presidente e não está sob investigação da PF no caso dos descontos de aposentados.

Se o sindicato estiver envolvido em irregularidades, a Polícia Federal saberá chegar às informações. Mas será o sindicato, não será o irmão de Lula, que nem presidente é.

O irmão de Lula não é laranja de Lula. O suspeito de ser um grande laranja é o irmão de Bolsonaro, Renato Bolsonaro.

Jair Bolsonaro e o irmão Renato Bolsonaro. Foto: reprodução

Thiago Herdy e Juliana Dal Piva contaram o seguinte, no UOL, em agosto de 2022:

“Quase metade do patrimônio em imóveis do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie, de acordo com levantamento patrimonial realizado pelo UOL. Desde os anos 1990 até os dias atuais, o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã”.

Então, o irmão que deveria estar, mas nunca esteve nas manchetes do Estadão, é o irmão de Bolsonaro. Todos os rolos de Bolsonaro têm envolvimento de alguém da família, da compra de imóveis com dinheiro vivo às rachadinhas.

Aqui, o link para uma reportagem de Laila Nery, do UOL, de agosto de 2024, sobre o patrimônio do irmão de Bolsonaro.

 

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