
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (15), qual é sua expectativa para a reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. O encontro está marcado para esta quinta-feira, 16, e será a primeira rodada de negociações após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Em publicação no X (antigo Twitter), o parlamentar declarou que, para o Brasil “conseguir o que quer”, é necessário “parar a perseguição nos tribunais, aprovar a anistia no Congresso e virar esta página”. Ele afirmou que, com isso, “a situação se normalizará”, em referência à relação diplomática e comercial entre os dois países.
Na mesma postagem, Eduardo Bolsonaro afirmou que, segundo representantes norte-americanos, a tarifa de 50% “não tem origem em fatores meramente comerciais”, mas sim “em motivações políticas e de direitos humanos”. Ele mencionou que os principais pontos destacados pelos Estados Unidos incluem “Estado de Direito (lawfare)”, “censura”, “prisões ilegais” e “fluxo irregular de informações”.
🇧🇷🇺🇸 A um dia da primeira reunião entre @SecRubio e Mauro Vieira, o Secretário do Tesouro, @SecScottBessent , e o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, reafirmaram que a tarifa de 50% imposta ao Brasil não tem origem em fatores meramente comerciais (10%), mas sim em… pic.twitter.com/EWK5dXh5Gc
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) October 15, 2025
O deputado citou ainda que o secretário do Tesouro, Scott Bessant, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, reafirmaram a posição do governo norte-americano. Segundo Eduardo, Greer teria dito que o ex-presidente Donald Trump “poderia cortar inteiramente o comércio entre os dois países”, e que a tarifa de 50% seria uma “resposta moderada”.
O Itamaraty confirmou que Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem em Washington para discutir as tarifas aplicadas desde agosto. O governo brasileiro busca restabelecer as relações comerciais e reduzir as barreiras impostas pelos Estados Unidos.
No Palácio do Planalto, o clima é de expectativa positiva. A avaliação é de que a recente conversa entre Lula (PT) e Donald Trump, em que o republicano teria dito “gostar de Lula”, pode contribuir para um ambiente mais favorável nas tratativas diplomáticas desta quinta-feira.