Centenas de caminhões carregados com alimentos, medicamentos e combustível começaram a entrar neste domingo (12) na Faixa de Gaza, vindos do Egito, pela passagem de Rafah. A operação marca a primeira fase do cessar-fogo firmado entre Israel e o Hamas, que entrou em vigor na última sexta-feira (10).
De acordo com informações da Telesur, trata-se da maior remessa de ajuda humanitária desde o início do genocídio. Estima-se que cerca de 400 caminhões cruzem a fronteira ao longo do dia, número que pode chegar a 600, conforme prevê o acordo mediado no Cairo.
Imagens divulgadas pela imprensa egípcia mostram filas de até cinco quilômetros de caminhões aguardando liberação para atravessar a passagem de Rafah. Além de alimentos e suprimentos médicos, diversos caminhões-tanque transportando combustível estão prontos para seguir em direção ao enclave. O envio de combustível é considerado essencial para manter em funcionamento hospitais, sistemas de água potável e a já debilitada infraestrutura básica de Gaza.
A entrada do comboio ocorre em pontos controlados por Israel, como as passagens de Kerem Shalom e al-Awja, e representa o primeiro alívio concreto após meses de ofensiva militar que devastou a região.
Expectativa e desafios
O acordo estipula a entrada diária de até 600 caminhões com assistência humanitária, operados pela ONU, por organizações internacionais, pelo setor privado e por países doadores. Ainda que o acordo represente um avanço significativo, organizações alertam que a destruição provocada pelos ataques exige esforços contínuos e sustentados para evitar o colapso total de Gaza.
A jornada deste domingo, com centenas de caminhões atravessando a fronteira de Rafah, simboliza o primeiro passo de um processo que poderá redefinir a realidade humanitária no território palestino.
