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Movimento Gen Z 212 toma ruas de Marrocos e pressiona governo; entenda

Manifestações lideradas pelos jovens do movimento Gen Z 212 retornaram às ruas do Marrocos para pressionar que rei Mohammed VI demita o primeiro-ministro, Aziz Akhannouch, e implemente reformas para combater a corrupção e melhorar os serviços públicos.

O retorno ocorre após uma breve pausa no início da semana, que, segundo os organizadores, teve como objetivo reunir forças para uma demonstração final de unidade antes do discurso do Rei Mohammed VI no Parlamento, prevista para esta sexta-feira (10/10).

Os manifestantes retomaram os atos na noite de quinta-feira (09/10), nas cidades de Tânger, Casablanca e na capital, Rabat, pedindo a remoção do que descrevem como um “governo corrupto” e instando as autoridades a priorizarem os gastos com saúde e educação no país.

Antes da retomada dos atos, o porta-voz do governo, Mustapha Baitas, disse que a mensagem da Geração Z 212 “foi recebida” e que as autoridades estavam “acelerando projetos”, especialmente na área da saúde.

Gen Z 212 protesta na capital do Marrocos, Rabat
Mounir Neddi/Wikicommons

De acordo com a emissora Al Jazeera, os protestos no Marrocos começaram em setembro passado, após oito mulheres terem morrido em um hospital em Agadir devido às condições precárias no sistema de saúde do país.

Os manifestantes criticam “gastos excessivos” do governo marroquino em infraestruturas para a Copa do Mundo da FIFA de 2030, em detrimento de serviços públicos essenciais.

Diante da insatisfação, a Geração Z 212 organiza protestos em todo o país, convocando os jovens por meio de plataformas digitais como o TikTok e o Discord, nas quais reúnem mais de 200 mil seguidores, de acordo com a emissora catari.

Os protestos têm sido acompanhados de violência e repressão, com a prisão de centenas de manifestantes e o registro de três mortes.

(*) Com Monitor do Oriente Médio e informações da Al Jazeera

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