POLÍTICA

Família Trump lucra bilhões com criptomoedas; entenda como

Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

Desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca, sua família passou a lucrar bilhões de dólares com negócios em criptomoedas. Estimativas apontam ganhos acima de US$ 5 bilhões, resultado de investimentos em plataformas financeiras e mineradoras, em meio a críticas de que o presidente estaria misturando interesses pessoais com políticas públicas. Com informações da Deutsche Welle.

Duas empresas lideram essa movimentação: a World Liberty Financial (WLF), que vende tokens ligados ao nome de Trump, e a American Bitcoin Corp. (ABTC), mineradora listada na Nasdaq com forte participação dos filhos do presidente. Segundo a Reuters, uma entidade ligada a Trump detém 60% da WLF e tem direito a 75% da receita das vendas de moedas digitais.

Críticos afirmam que os lucros da família Trump com criptomoedas levantam suspeitas sobre conflitos de interesse. Segundo o advogado americano Ross Delston “esta é uma nova maneira de permitir que o presidente receba dinheiro de qualquer pessoa, incluindo indivíduos e estados estrangeiros que seriam proibidos [de enviar dinheiro ao presidente] pelas leis de campanha dos EUA”.

As políticas de Trump também mudaram. Antes crítico, chamando o bitcoin de “golpe”, ele agora adota medidas para fortalecer o setor. Entre elas, a criação da Reserva Estratégica de Bitcoin e a aprovação da Lei Genius, primeira regulação federal para stablecoins, além da proibição de qualquer versão oficial de moeda digital emitida pelo governo.

A proximidade com investidores do setor ficou evidente em eventos como o jantar Crypto Kings, realizado em 2025 na Virgínia. Os maiores detentores da moeda $TRUMP tiveram acesso direto ao presidente, e alguns receberam relógios de luxo. Para críticos como Richard Briffault, professor da Columbia, “este é talvez apenas mais um passo que este governo deu para combinar cargos públicos com ganhos privados”.

Enquanto isso, reguladores federais dos EUA adotaram postura mais permissiva, desmantelando restrições impostas na gestão Biden.

Joe Biden, ex-presidente dos EUA – Foto: Reprodução

A Comissão de Valores Mobiliários (SEC), antes rigorosa, reduziu processos contra empresas do setor. Especialistas alertam que o cenário favorece insiders, aumenta riscos para usuários comuns e pode gerar instabilidade econômica no futuro.

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