POLÍTICA

Barroso cogita aposentadoria e três candidatos disputam sua vaga no STF; saiba quem

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), admitiu em entrevistas recentes que avalia antecipar sua aposentadoria da Corte. O gesto reacendeu em Brasília a corrida pela próxima vaga no Supremo, que seria a terceira indicação de Lula neste mandato, conforme informações da colunista Daniela Lima, do UOL.

Hoje, três candidatos aparecem como os mais fortes. No topo está Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU). Dentro do Supremo, Messias é visto como alguém que “chega com força” na corrida. Lula tem confiança pessoal e apreço por ele, critérios que têm pesado nas escolhas do presidente desde seu retorno ao Planalto.

A dificuldade seria a aprovação no Senado de um nome tão ligado ao PT. No entanto, os últimos dois indicados com perfil semelhante — Cristiano Zanin e Flávio Dino — também enfrentaram resistência, mas acabaram aprovados.

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Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU). Foto: Reprodução

Outro cotado é Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. Ele conta com o apoio de Davi Alcolumbre, aliado de Alexandre de Moraes e amigo próximo de Gilmar Mendes. Além disso, Pacheco tem sido elogiado por ministros do Supremo.

O problema é que Lula deseja que ele concorra ao governo de Minas Gerais em 2026, garantindo um palanque forte no estado.

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Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. Foto: Reprodução

Correndo por fora, surge Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). Aos 47 anos, tem trânsito político consolidado, sendo próximo a José Sarney, Gilmar Mendes e Renan Calheiros. No Planalto, ganhou confiança ao evitar entraves em programas estratégicos, como o Pé de Meia (Educação) e o Gás para Todos (Minas e Energia).

Bruno Dantas é eleito presidente do TCU
Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). Foto: Reprodução

Aliados destacam que Lula tem adotado como critério central a confiança pessoal. “O Lula que faz as escolhas hoje é um Lula que passou 580 dias preso”, resumiu um interlocutor próximo. Foi assim com as nomeações de Zanin e Dino, e tudo indica que seguirá a mesma lógica na próxima escolha.

Fim de ciclo no STF

As especulações sobre a saída antecipada de Barroso não são novas. Já em 2023, ele ventilou a Lula a ideia de deixar o Supremo após concluir a presidência da Corte. Nesta segunda-feira (29), Barroso passa o comando ao ministro Edson Fachin, reforçando a percepção de que chegou ao fim de um ciclo.

“É o que acho que ele vai fazer, sair. Ele não abre 100%, mas é a impressão que tenho”, disse um colega do ministro. A expectativa é de que Barroso aguarde o fim do ano judiciário para oficializar sua decisão, dando a Lula alguns meses para bater o martelo sobre o sucessor.

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